sábado, 19 de março de 2016

Sociedade de Economia Política alerta para a urgência de defender o Estado de Direito







Ato em Florianópolis. Foto: Elaine Tavares







 A Sociedade Brasileira de Economia Política, em respeito aos seus 20 anos de luta contra a ditadura do pensamento único em Economia, ditadura que se transforma em ditadura das políticas e dos interesses de poucos em detrimento das condições de vida e de progresso humano da imensa maioria da população, não poderia deixar, neste momento crítico da história brasileira, de vir a público para veementemente repudiar toda e qualquer manobra escusa no sentido de destruir o Estado Democrático de Direito e suas instituições.

Destruir agora nossa democracia ainda criança terá como resultado necessário o retrocesso político e o aniquilamento das parcas melhorias sociais até agora conquistadas. As forças que se empenham no golpe são, na maior parte dos casos, aquelas que também estão dizendo que a Constituição de 1988 não cabe na economia brasileira.

É preciso utilizar toda a capacidade de mobilização das forças democráticas e progressistas para afastar definitivamente de nosso país essa ameaça.

A única chance que temos de continuar a lutar para que tenha fim a inaceitável desigualdade material e a fratura social que mancham nossa história e mancharão nosso futuro, na hipótese de sua continuidade ou aprofundamento, é a preservação da legalidade democrática e do Estado de Direito.

A SEP não se omitiria neste momento crucial.

RESISTIREMOS

NÃO VAI TER GOLPE

segunda-feira, 14 de março de 2016

A economia e a conjuntura

Entrevista, realizada pelo Skipe, com a economista Rosa Maria Marques, sobre a economia da recessão - tema do ENEP - e sobre os impactos na economia das manifestações do dia 13 de março.


quinta-feira, 10 de março de 2016

ENEP e o debate da conjuntura

Entrevista com o presidente da SEP, Niemeyer Almeida Filho, sobre a temática do XXI ENEP e a conjuntura nacional.


segunda-feira, 7 de março de 2016

SEP em clima de eleição




Marcelo Carcanholo e Vanessa Petrelli  compõe a presidência e a vice.






A eleição para a nova diretoria da SEP acontece no mês de junho, mas já há um grupo articulado oferecendo seu nome para conduzir a entidade no próximo triênio. Conheça as pessoas e as propostas a partir da carta programa divulgada essa semana.



CARTA PROGRAMA GESTÃO 2016-2018

A resposta que o próprio capitalismo vem dando para sua crise em escala mundial evidenciou o resgate do neoliberalismo mais explícito, sem nenhum tipo de perfumaria ou paliativo. Tanto a tentativa de estabilização macroeconômica a qualquer custo como o aprofundamento de novas reformas estruturais, no sentido de intensificar a desregulamentação e liberalização dos mercados, fazem parte dos programas de ajuste em escala mundial.

Na sociedade brasileira este fenômeno mundial se manifesta pelo resgate do ajuste fiscal como o mantra necessário para, presumivelmente, reconquistar a confiança dos investidores e consumidores, e pela retórica das “reformas estruturais” que impõem mais liberalização, privatização e destituição de direitos sociais como única alternativa – uma vez mais – para retomar os investimentos, o crescimento e o desenvolvimento da economia brasileira. A concepção econômica ortodoxa, que prega o ajuste recessivo como única forma (correta) de responder aos impactos da crise da economia mundial, se explicita claramente na política econômica do governo que vem abdicando do uso de instrumentos e concepções tidos como (neo)desenvolvimentistas, em prol do liberalismo econômico. Os impactos sociais, políticos e econômicos dessa estratégia já são evidentes, e apontam para o esgarçamento social e político de nosso país.

Especificamente no aspecto político é preocupante o rápido avanço de visões radicalmente de direita, que combinam o resgate de posições políticas extremamente conservadoras com uma completa intolerância ante qualquer posicionamento divergente, mesmo que esse se limite apenas à defesa da mais ampla e irrestrita garantia dos direitos democráticos. Devemos estar alertas a movimentos deste tipo, pois, se necessário, e nos limites da natureza de nossa Instituição, temos que nos opor aos excessos. Este acirramento das posições políticas mais reacionárias se combina com o avanço do rechaço ao pensamento econômico não convencional nas Universidades brasileiras. Não é irrelevante a tentativa, tanto no meio docente quanto discente, de minimizar o ensino e aprendizado de autores como Marx, Keynes, Kalecki, Schumpeter, dentre outros que se caracterizam por terem produzido análises críticas em relação ao pensamento dominante.

A SEP, desde a sua fundação, se caracterizou pela defesa do pensamento crítico em Economia. Esse reconhecimento extrapolou nossas fronteiras, de forma que nossa Sociedade Brasileira de Economia Política, em função do trabalho de todas suas diretorias e de seus muitos membros, é mundialmente conhecida como uma das maiores e mais importantes instituições do pensamento crítico mundial.

O que propomos aqui é, portanto, acentuar o caráter da SEP como espaço de promoção, divulgação e intensificação do pensamento crítico em economia. Isto pressupõe, por um lado, o pluralismo teórico-metodológico. Não se trata de substituir uma ortodoxia, de uma teoria econômica por outra, qualquer que seja ela. Justamente o contrário. Não é possível desenvolver o pensamento crítico sem o debate franco e sério entre as distintas teorias sociais e econômicas que procuram interpretar a realidade em que vivemos. Por outro lado, é também pressuposto o caráter necessariamente interdisciplinar na constituição do pensamento crítico. As teorias econômicas não se constituem de forma autônoma. Existem diversas teorias econômicas porque existem diversas teorias sociais e, em última instância, diversos posicionamentos filosófico-políticos sobre o mesmo objeto de entendimento. Portanto, uma adequada compreensão da economia deve incluir também a maior abertura para a contribuição do pensamento crítico em outras áreas do pensamento social, como sociologia, serviço social, história, ciência política, relações internacionais, geografia, filosofia, antropologia, dentre outras. Pluralismo teórico e interdisciplinaridade são inseparáveis no objetivo de promover e divulgar o pensamento crítico.

Esse objetivo se articula com a proposta de ampliar a cooperação nacional e internacional com outras instituições, que nos permita amplificar a promoção e divulgação dos trabalhos críticos em economia. Trata-se portanto não apenas de aprofundar as relações já existentes, mas também de buscar e criar outras organizações que  ainda não tenham trabalhos de cooperação com a SEP e que defendam sua mesma perspectiva crítica e pluralista.

No mesmo sentido de apostar no aprofundamento de atividades que já se mostraram exitosas, pretende-se consolidar os Grupos de Trabalho já existentes na SEP e, ao mesmo tempo, promover outros que se apresentem. O objetivo com estas atividades, desde o início, tem sido promover a cooperação entre docentes e discentes que trabalhem em uma mesma (ou similar) temática, de forma a realizar encontros específicos, de caráter regional ou inseridos dentro do ENEP, com apresentações de trabalhos, promoções de mini-cursos, lançamento de publicações específicas, dentre outras atividades.

As atividades dos Grupos de Trabalho têm se mostrado tão exitosas que a proposta é que eles incorporem, na medida do possível, e dada a temática específica de cada um, a cooperação efetiva de trabalhos conjuntos e discussões de pesquisadores, com a perspectiva crítica de economia política, na América Latina e outras regiões do mundo. Com isso, estariam sendo conjugados vários objetivos aqui propostos.

Ademais da consolidação e ampliação das atividades já realizadas pela SEP, pretende-se desenvolver novas formas que, de fato, possam ampliar o espaço de inserção dos discentes, tanto de graduação como de pós-graduação. Isso se aplica tanto nas atividades já realizadas quanto em outras que possamos criar, como cursos de extensão com a chancela da SEP, publicações promovidas com a mesma chancela, encontros regionais, etc. Avalia-se que a renovação dos nossos membros, incorporando os futuros novos professores e pesquisadores é um fator estratégico para nossa atuação no médio e longo prazos.

Como forma de coordenar todas essas propostas, pretende-se consolidar a experiência da Direção Ampliada, que tem se mostrado bastante operativa nas últimas gestões. Dessa forma, além da Diretoria formalmente eleita, podem participar e contribuir em processos consultivos outros militantes de nossa Sociedade Brasileira de Economia Política.


Composição da Chapa:

Presidente: Marcelo Dias Carcanholo (UFF)
Vice-Presidente: Vanessa Petrelli Correa (IE-UFU)

Diretores:
Ramón Garcia Fernandez (UFABC)
Márcio Lupatini (UFVJM)
Pedro Rossi (Unicamp)
Frederico Katz (UFPE)
João Leonardo Gomes Medeiros (UFF)
Tiago Camarinha Lopes (UFG)
Maurício Sabadini (UFES)


quarta-feira, 2 de março de 2016

Marcelo Carcanholo fala sobre o tema do ENEP

Em entrevista á jornalista Elaine Tavares, o economista e professor da Universidade Federal Fluminense, Marcelo Carcanholo, fala sobre o ajuste fiscal, a recessão, as alternativas e a dívida pública. Temas que farão parte do debate do XXI ENEP, que acontece em São Bernardo do Campo, de 31 de maio a 03 de junho.

terça-feira, 1 de março de 2016

SEP se prepara para as eleições



No próximo mês de junho - quando completa duas décadas de existência -  haverá eleição para diretoria da Sociedade Brasileira de Economia Política. O calendário deverá ser divulgado em breve, mas as articulações para formação de chapa já estão acontecendo.  Como ocorre tradicionalmente na SEP, até uma semana antes da eleição podem ser apresentadas propostas de chapa, então ainda há muito tempo para conversas e costuras.  A Assembleia Geral que elegerá a nova direção já tem data: será no dia 02 de junho e o edital das eleições deve sair com um mês de antecedência.

A SEP é um espaço privilegiado de debate sobre as correntes de pensamento que  entendem a economia como uma ciência social e seu principal evento é o Encontro Nacional de Economia Política que acontece todos os anos, reunindo centenas de pessoas para aprofundamento dessa temática. Esse ano, o encontro acontece em São Bernardo do Campo.

Além do encontro anula a SEP edita ainda uma revista semestral, na qual o debate da economia política também se faz de maneira profunda e analítica. Ela poder ser acessada no link: http://sep.org.br/revista